COREMA – Associação de Defesa do Património

A COREMA – Associação de Defesa do Património é uma organização não-governamental de ambiente, sem fins lucrativos, fundada em 1988 e sediada em Lanhelas, no concelho de Caminha. Foi criada com o objetivo de defender e valorizar os recursos naturais e culturais da região do Alto Minho, numa altura em que se sentia a necessidade urgente de proteger os valores ambientais e patrimoniais da Ribeira Minho.

O nome “COREMA” deriva da planta dunar Corema album, conhecida como camarinha ou camarinheira, espécie típica das dunas atlânticas, o que simboliza a forte ligação da associação aos ecossistemas locais e ao património natural da nossa costa.

Desde a sua fundação, a COREMA tem desenvolvido uma ação contínua em várias frentes, nomeadamente:

• Defesa e valorização do património natural e cultural, com destaque para as dunas, pinhais, linhas de água e gravuras rupestres;

• Participação em processos de ordenamento do território e acompanhamento de projetos com impacto ambiental, dando voz às preocupações da comunidade local;

• Realização de ações de sensibilização e educação ambiental, envolvendo escolas, associações e voluntários;

• Promoção de campanhas de vigilância e de preservação ambiental, incluindo o combate a espécies invasoras como a erva-das-pampas;

• Colaboração com entidades públicas e privadas em projetos de valorização patrimonial, como o recente trabalho desenvolvido em torno do Monte de Góios, importante santuário rupestre da freguesia de Lanhelas.

Ao longo de mais de três décadas de atividade, a COREMA assumiu também um papel de relevo ao nível nacional. É membro fundador da Confederação Portuguesa das Associações de Defesa do Ambiente (CPADA), a principal estrutura representativa das ONGA em Portugal, e foi mesmo membro efetivo do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS), um dos mais importantes órgãos consultivos do país em matéria de ambiente e sustentabilidade. Este reconhecimento institucional permitiu à associação intervir em debates e processos de decisão de alcance nacional, reforçando a sua credibilidade e o seu prestígio.

A COREMA está igualmente inscrita e reconhecida oficialmente como Organização Não Governamental de Ambiente (ONGA) pela Agência Portuguesa do Ambiente, estatuto que garante legitimidade acrescida à sua intervenção e dá visibilidade à sua independência e coerência ao longo dos anos.

Graças à sua atividade regular, à independência face aos poderes instituídos e à dedicação dos seus dirigentes e voluntários, a COREMA adquiriu uma visibilidade significativa no seio do movimento ambientalista português, sendo hoje uma voz respeitada em todo o território nacional.

Entre as suas ações mais recentes, destacam-se a participação em campanhas de limpeza costeira integradas no Dia Internacional da Limpeza Costeira, em parceria com a Fundação Oceano Azul, a colaboração direta com a Câmara Municipal de Caminha e com a Junta de Freguesia de Lanhelas na preservação das gravuras rupestres do Monte de Góios, bem como o acompanhamento de processos de planeamento territorial em áreas sensíveis da região.

A COREMA, com sede na Rua Ilídio Couto em Lanhelas, é hoje uma instituição de referência para todos aqueles que acreditam na importância de proteger e valorizar o património natural e cultural do Alto Minho. Apesar das naturais limitações de recursos que caracterizam as associações locais, o seu trabalho de proximidade, dedicação e intervenção cidadã tem sido fundamental para dar voz às preocupações ambientais e patrimoniais da população.

A Junta de Freguesia de Lanhelas reconhece na COREMA um parceiro valioso, com o qual partilha a responsabilidade de defender o território e garantir a preservação da nossa herança ambiental e cultural. O futuro apresenta desafios cada vez mais exigentes, como a gestão de combustível, a prevenção de incêndios, o combate a espécies invasoras, a erosão costeira e a valorização do património arqueológico. Nestes domínios, a colaboração entre a Junta e a COREMA será determinante para promover um desenvolvimento sustentável, equilibrado e respeitador da identidade da nossa freguesia.