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Sociedade Musical Banda Lanhelense

História e fundação

A Sociedade Musical Banda Lanhelense é uma das instituições mais antigas e emblemáticas da freguesia e do concelho de Caminha. A sua fundação remonta oficialmente a 1 de janeiro de 1850, embora existam relatos que apontam para a existência da chamada “Música de Lanhelas” cerca de duas décadas antes. Este percurso confere-lhe hoje cerca de 175 anos de vida, o que a torna uma das bandas filarmónicas mais antigas do distrito de Viana do Castelo e de todo o país.

A Banda surgiu após a extinção de pequenos agrupamentos musicais existentes nas aldeias vizinhas de Vilar de Mouros e Gondarém, reunindo músicos locais que decidiram fixar a sua sede em Lanhelas. Desde o início destacou-se pela união, espírito familiar e dedicação à música, sendo popularmente conhecida como “a música dos bons amigos”. O primeiro mestre foi o Sr. Francisco, que formou e liderou este agrupamento inicial.

Evolução e desenvolvimento

Nos finais do século XIX, entre 1898 e 1899, a Banda Lanhelense viveu um período de grande evolução sob a regência de António Costa e Silva, reputado músico profissional que integrou a afamada Banda do Batalhão de Infantaria 3 de Viana do Castelo. A sua chegada marcou uma fase de renovação e aperfeiçoamento musical, cujos efeitos se fizeram sentir em várias gerações de músicos.

Ao longo da sua história, a Banda manteve sempre uma postura de elevação e dedicação à arte, afastando-se de disputas partidárias que, naquela época, frequentemente envolviam as bandas filarmónicas. Mesmo com a implantação da República em 1910, a atividade da Banda não foi afetada, mantendo-se fiel à sua missão cultural.

Mestres e regentes

Vários maestros de relevo marcaram o percurso da Sociedade Musical Banda Lanhelense. Entre os mais antigos destacam-se João José da Costa e José Alves, conhecido como Tenente Alves, que dirigiram a Banda até à década de 1970.

Mais recentemente, a direção musical passou por nomes como o maestro José Pedro (Viana do Castelo), o maestro Armindo Mota Gomes (sargento ajudante da Banda da GNR), que durante mais de dez anos elevou a Banda a um nível de excelência nacional, e ainda os maestros espanhóis César Pérez e Feliciano. Posteriormente, assumiram a batuta os maestros lanhelenses Márcio Pereira e Estefânio Cunha. Desde 2016, a direção musical voltou a estar a cargo do maestro César Pérez, que continua a orientar a Banda com competência e dedicação.

Escola de música

Um dos pilares fundamentais da Sociedade Musical Banda Lanhelense é a sua Escola de Música, que ao longo de décadas tem formado sucessivas gerações de músicos. Esta escola não só garante a renovação e continuidade da Banda, como também proporciona uma formação musical de qualidade a crianças e jovens da freguesia e de todo o concelho de Caminha.

A Escola de Música representa um verdadeiro viveiro de talentos, permitindo que muitos jovens deem os primeiros passos no mundo da música, desenvolvam competências artísticas e, em muitos casos, sigam carreiras musicais em bandas profissionais, conservatórios e outras instituições de ensino superior. Para Lanhelas, esta vertente educativa é um orgulho, pois alia a tradição cultural à aposta no futuro.

Identidade e relevância cultural

A Sociedade Musical Banda Lanhelense é reconhecida pelo seu espírito de união, pela qualidade musical e pela capacidade de atrair e formar novos músicos. É também um verdadeiro espaço de convívio intergeracional, onde se cultivam valores de amizade, disciplina e dedicação à música.

Ao longo da sua história, a Banda participou em inúmeros concertos, festas e romarias dentro e fora do concelho, levando o nome de Lanhelas a todo o país e reforçando o orgulho e a identidade cultural da freguesia.

Reconhecimento e futuro

Com cerca de 175 anos de existência, a Sociedade Musical Banda Lanhelense prepara-se para celebrar em 2025 o seu 175.º aniversário, um marco histórico de enorme importância para Lanhelas e para o movimento filarmónico português.

A Junta de Freguesia de Lanhelas reconhece nesta instituição um pilar cultural, educativo e social da comunidade, que ao longo de quase dois séculos manteve viva a tradição filarmónica, dignificou a freguesia e promoveu a música como expressão de identidade e de união. O futuro continuará a colocar desafios, mas a Banda Musical Lanhelense, fruto da sua história, da sua Escola de Música e da dedicação dos seus músicos e dirigentes, manter-se-á como uma das maiores referências culturais da nossa te


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